quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Barroco
O Barroco estende-se do séc. XVI até o início do séc. XVIII, iniciou-se na Itália e atingiu vários países, como foi o caso do Brasil o qual em 1601 teve seu marco inicial com a obra Prosopopéia de Bento Terceiro. O Brasil teve como cenário básico o estado da Bahia.
É importante destacar que não se pode falar em ruptura entre o Renascimento e o Barroco. Na verdade, o que se observa é um processo de transformação e continuidade que define perspectivas características, mas não as invalida.
Na estética barroca observam-se dois estilos: Ocultismo e o conceptismo.
O estilo culto é predominante na poesia, caracteriza-se pela grande subjetividade alcançado pelo uso freqüente das figuras de linguagem.
Você já deve ter notado durante a leitura de algum poema barroco o uso de emissões sintáticas (hipérbato), comparação (metáforas), idéias contrarias (paradoxo e antítese), etc.
O conceptismo investe na construção intelectual valorizando o conteúdo, a essência da significação e o jogo de idéias. Ao contrario do cultismo, o conceptismo predomina nos textos em prosa.
Manifestados em saraus, o barroco atendia o público da aristocracia, hoje o barroco tanto no teatro, na música e nas artes plásticas, quanto na literatura atinge o público por inteiro.
Biografia: Manuel Botelho de Oliveira
Biografia: Aleijadinho
Biografia:Bento Teixeira
Biografia:Gregório de Matos Guerra
O poeta nasceu em 1636, na Baía, no Brasil, sendo descendente de famílias prestigiadas e abastadas daquela cidade. Estudou ali no Colégio das Jesuítas. até que veio para Portugal em 1650, matriculando-se em 1652 na Universidade de Coimbra. Não deve ter sido muito feliz a passagem por esta cidade, como se vê lendo os seus versos “Adeus, Coimbra inimiga”.
Em 1661, conclui a sua formatura e vai para Lisboa, onde se casa no mesmo ano com Dona Michaela de Andrade. Não consta que tivesse filhos desta senhora, que veio a falecer em 1678. Em 1674, reconhece como sua uma filha natural, portanto, fora do casamento.
Desempenhou diversos cargos de nomeação oficial, próprios da sua formação como jurista. Em 1671 é Juiz do Cível em Lisboa: mais tarde serão publicadas algumas das suas sentenças pelo seu amigo Manuel Alvares Pegas (a este dedicará mais tarde três sonetos). Afinal, foram colegas em Coimbra onde Pegas se formou em 1658. Para além das três que são conhecidas e mencionadas no Brasil, descobri mais quatro, que publico neste site.
Em 1672, é nomeado Procurador da Bahia (Senado da Câmara) em Lisboa, cargo de que será destituído em 1674.
É provável que, já em Lisboa, o poeta tivesse começado a atacar tudo e todos a torto e a direito com os seus poemas satíricos. Em 1681, recebe as ordens menores como clérigo tonsurado, pretendendo talvez na altura ser ordenado padre, o que nunca veio a concretizar-se.
Em 1682 regressa ao Brasil, depois de ter permanecido em Portugal 32 anos.
A sua produção poética revela uma vida agitada, recheada de episódios burlescos e criando muitos inimigos. Em 1685, é denunciado à Inquisição, mas a queixa não vai por diante, possivelmente devido ao prestígio da sua família.
Algum tempo depois casa com Maria de Povoas, de quem tem um filho chamado Gonçalo.
Em 1692, o Governador da Bahia, D. João d’Alencastre, desterrou-o para Angola, para, segundo ele, o afastar dos que o que queriam assassinar. Em 1695, regressa ao Brasil e morre no mesmo ano no Recife.
Biografia:António Vieira
6 de fevereiro de 1608Lisboa
Morte
18 de Julho de 1697Bahia
Nacionalidade
português
Ocupação
religioso, escritor e orador
António Vieira ou Antônio Vieira (Lisboa, 6 de fevereiro de 1608 — Bahia, 18 de Julho de 1697) foi um religioso, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. As universidades frequentemente exigem sua leitura.